Queria ser tão preto
Que de tão preto ser azul
Que de tão azul ser o céu
Que de tão céu ser o mar
E quem sabe de tanto céu e mar
Fazer com que todos vejam o azul
Não o azul dos olhos, nem azul do medo
Que vissem o azul da mente
Queria que no horizonte azul
De pensamentos azuis
Viessem navios azuis
Cheio de gente azul
E quando no centro dos navios
Estivesse o príncipe azul
Que sorria para seu povo preto
Com sorrisos e mentes azuis
(2004)
(2004)