Terceiro sinal

O teatro me da vertigem.
Me da angústia e me dá suor.

Os três sinais fazem meu coração,
palpitar, acelerar,
palpitar, acelerar,
palpitar, acelerar.

São minutos maravilhosos,
que tem que ser guardados ali,
que eu vou tentar reproduzir,
depois e depois e depois.

O teatro não é cinema,
quem me dera!
O teatro é momento.

(Temo ainda por minha memória,
essa danada que me insiste em trair)

Queria de novo ver os encantos
de Prazer e sua paredes pintadas.
E que aqueles noventa minutos
que me refletiu o Chico,
só estão em meus ouvidos.

Três sinais que tocam
para uma eternidade
de lembranças.

Hoje eu sou ator,
porque essa memória
tem que de alguma forma
me ser mais frequente.

Quem
me
dera
que
o
teatro
fosse
pra
sempre.